terça-feira, 14 de outubro de 2008

um pouco de vermelho por aqui

Sei que quem leu o post anterior estranhou a menção a Cuba. Já ouvi mil acusações de que o “comunismo” não funciona e a prova disto é a pobreza em Cuba. (Só lembrando que o comunismo nunca existiu e o que se tem em Cuba é socialismo).

Quero deixar bem claro que não sou um fanático socialista. E nem capitalista. Não vejo problema algum em gostar de idéias propostas pelos filósofos que desenvolveram a idéia de socialismo. Quando a fizeram, apenas pensaram em um modelo de sociedade em que a obsessão por bens materiais não fazia parte das ambições das pessoas e para tanto, não havia propriedade privada.
Muitas dessas idéias socialistas foram propostas ainda no século retrasado. O socialismo fracassou e um dos maiores motivos é que ele não se desenvolveu assim como o capitalismo. Não se compara o socialismo da União Soviética com o capitalismo americano do ano 2000. Deve-se comparar o socialismo à Inglaterra nos seus primórdios do capitalismo (exploração da mão-de-obra, urbanização desenfreada e aumento dos problemas sociais).


Ainda assim, na tentativa de defesa das virtudes cubanas, devo-me valer do que restou do modelo.
Cuba é uma pequena ilha no caribe, assim como Jamaica, Haiti, Honduras, Nicarágua, entre outras. Todos os países extremamente pobres. O capitalismo não salvou estes outros países da pobreza e dos problemas sociais, muito pelo contrário: O analfabetismo em Honduras chega a 80%.
Os cubanos são pobres. Mas todos os cubanos são pobres, esta é a diferença.

Todas as crianças cubanas estão na escola, a saúde é de primeiro mundo e não existe miséria e nem mendigos.
Não defendo ditadura, repressão, nada disso. Acredito que as políticas sociais adotadas em Cuba as diferenciaram o país dos seus demais vizinhos semelhantes para um melhor desenvolvimento da população. Em minha opinião, se algum modelo de sociedade (diferente do capitalismo e socialismo) venha a ser proposto algum dia, este deve agregar esses aspectos que Cuba contempla até hoje.

Nenhum comentário: