terça-feira, 14 de outubro de 2008

menininha

Aconteceu à uns 2 sábados atrás.
Estava no McDonnald's da beira-mar, apreciando as calorias do meu nº2-com-coca-e-catchup-por-favor, quando me lembrei que teria que separar algumas moedinhas para uma simpática menininha que estava "guardando carros" no estacionamento. Olhei pela janela e lá avistei, novamente, aquele rostinho inocente e feliz por poder comer um McLanche Feliz que alguém teria pagado. E agora, sorvete. E mais moedinhas.


Não!

Decidi que não daria moedas. O que eu poderia dar, afinal, para aquela menina que aparentava uns 5 anos (isso mesmo!!), sozinha no estacionamento, seduzindo as pessoas com o seu encanto de criança? Lembrei de um amigo-do-meu-primo lá de Minas Gerais que tornou-se voluntário do Conselho Tutelar de sua cidade. Se o Conselho daqui fizer o trabalho que ele me contou que faz, a criança estará em boas mãos.
Comecei ligando para o ministério público, que evidentemente estava fechado em um sábado a tarde. Mas liguei apenas para informar-me do telefone do Conselho Tutelar. Do outro lado da linha, um vigilante mau-humorado me mandou ligar para a polícia. Ok. Liguei 190 e fui recepcionado, novamente, com mau humor. Será possível? Falei que eu estava diante de uma criança que não aparentava ser moradora de rua, de aproximadamente 5 anos de idade e que estava esmolando num estacionamento. Solicitei que informassem ao Conselho sobre o fato. Negou-me o favor, mas depois insistencia, finalmente consegui o telefone do conselho!!!
Alívio: um homem bem-educado me atendeu super bem e me garantiu de que, imediatamente, ele estaria enviando uma "abordagem", ou algo parecido que ele tenha dito, para resolver a situação. Maravilha. Não fiquei ali esperando assistir a minha iniciativa se concretizar, mas tenho forte esperança de que aquela criança foi encaminhada para algum lugar melhor do que aquele onde estava.

A criança não pode acostuma-se com a condição de pedinte. Ganhou lanche, ganhou sorvete, ganhou dinheiro... O que faria, aliás, com o dinheiro extra? Não é por aí. Infelizmente nossos problemas sociais não se resolvem na base da esmola. Temos o direito de utilizar a estrutura que a prefeitura nos oferece para tratar desses casos e amparar as pessoas necessitadas. É nosso dever, inclusive.

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