terça-feira, 14 de outubro de 2008

me apresentando


Olá!


Sou Diogo Bertussi, 21 anos, estudante universitário, nascido em e habitante de Florianópolis, brasileiro com muitíssimo orgulho e que gosta de escrever, embora gostasse de poder dominar melhor as técnicas de redação. Sonho um dia ter uma redação digna da publicação de livros, os quais sonho também em discorrer sobre os assuntos que tanto me instigam e me apaixonam. Claro que para tal nível precisarei estudar com uma intensidade muito maior do que venho fazendo até aqui. Preciso ter conhecimento e autoridade para poder dissertar os assuntos em questão, para não ser mais um livro escrito por um idiota falando abobrinhas repetitivas como muito se vê por aí. Bom, as abobrinhas eu deixo para escrever aqui neste blog, muito embora eu tenha a total convicção pessoal de que estou falando coisas altamente precisas. No meu entender, é claro. Se você discorda, tem a opção de comentar o que foi escrito. Ou nem perca seu precioso tempo e não leia de uma vez.


Pensei anteriormente em fazer aqui uma apresentação de minha pessoa, como se eu fosse uma personalidade entendida em assuntos gerais que escreve em um notável blog. No entanto, como não passo de um jovem que acha que sabe das coisas, não sou famoso e esse blog é igualmente desconhecido, essa idéia deixou-me a mente. O que talvez seja interessante contar nesse primeiro post, são pequenos detalhes de mim.
Estudo engenharia civil na UFSC e acho o curso um saco. Já reprovei em matérias, assim como muitos de meus colegas e a Universidade nada mais faz além de publicar índices de reprovações que meramente corroboram com o fato de que os meios de ensino da Universidade são altamente arcaicos. Curso também administração na UDESC (mas para um estudante da ESAG você tem que dizer que faz ESAG, para difundir a marca ESAG, afinal eles acham que é a melhor faculdade de administração do sul do país e uma das melhores do país, sendo que muitos dos que argumentam isso sequer já saíram de Santa Catarina).

Este segundo curso o qual freqüento, porém, me encanta cada vez mais. Faz-me pensar e refletir, o que é maravilhoso. Perguntas-te por que, então, não abandono a engenharia e me decido integralmente à administração? Ora, porque quero ser engenheiro. Mesmo achando o curso um pé no saco, as áreas de desenvolvimento da engenharia me fascinam. Infelizmente minhas ambições vão além das ambições medíocres que os profissionais do departamento de Engenharia Civil da UFSC me proporcionam e que, infelizmente, acaba contaminando alguns colegas meus. Gente que pensa em se formar e sair por aí construindo prédios na Ilha de Santa Catarina e vende-los a forasteiros iludidos de que aqui é o paraíso. Engenheiros que almejam se formar e contribuir com o caos.
Entendo que a engenharia civil vai além dessas atividades. Trata-se do desenvolvimento de novas alternativas para os problemas de habitação, trânsito, principalmente saneamento e soluções ambientais que são a pura realidade da nossa cidade hoje, e de muitas outras pelo Brasil, carentes de engenheiros inovadores, com o olho em 2020. Esse entendimento, claro, é meu: o simples jovem que acha que entende das coisas, como já disse. Tanto é verdade que ninguém nunca me ensinou isso na universidade, é uma concepção minha. Mas vou deixar para criticar mais as instituições de ensino em outras oportunidades nesse blog.

Mais um pouco sobre mim: Sou apaixonado por música, não vivo sem ela. E estudei teoria musical e teclado dos 7 aos 17 anos de idade. Aprendi a tocar violão a partir dos 12. Porém sou um músico frustrado. Não sou bom em nenhum instrumento. Não canto bem. Sei quando eu desafino, mas não tenho a capacidade controlar a voz. Sou um desafinado consciente. Se fosse afinado não adiantaria para muita coisa, pois minha voz não é bonita para se cantar, embora gostaria muito de que fosse. Tinha boas idéias de arranjos musicais quando ainda tocava, mas nada deu muito certo. Contudo, creio ser um bom crítico musical. Aliás, não possuo um único preconceito contra estilos musicais. Não gosto de quem os tem. Não gostar do estilo é uma coisa; julgar ruim, mal feita ou coisa que o valha é diferente e mais profundo. Meu avô paterno foi um dos maiores músicos do Rio Grande do Sul, um dos criadores da música tradicionalista de baile para aquela cultura. Digamos que ele está para a música gaúcha como Adoriram Barbosa está para o samba. O "Tchê Garotos" é, nessa comparação, o Sorriso Maroto. Entendeu? Meu pai, mesmo formado engenheiro e cumprido uma bela carreira na Eletrosul, ainda conseguiu ser um excelente músico (leitura e ouvido apurado, além de técnica) e é tido como um dos maiores acordeonistas (aquele que toca acordeon, ou gaita, sanfona, como preferir) naquele Estado, embora more aqui. Tenho muito orgulho disso tudo e também da cultura gaúcha, que não me pertence. Escreverei sobre culturas também.

Minha mãe é psicóloga e mineira. Do interior. Tem uma família enorme (ela possui 10 irmãos!). Gosto muito daquele povo, dos meus muitos parentes e do jeito que eles são, tão diferentes dos "provincianos" de Florianópolis. (Também devo lhe contar o que quero dizer com isso em outra postagem). O fato é que viajo no mínimo uma vez por ano para Minas Gerais desde que nasci e muitas vezes foram de carro. Isso me fez conhecer muito bem aquela região, assim como o interior de São Paulo, que é um interior diferente de qualquer outro Estado brasileiro que conheço e nós, os cultos do Sul, nem imaginamos.


Para finalizar, quero escrever como me imagino no futuro.
Claro que vou descrever aquele quem eu sonho em ser: Quero ser um cara que fale bem 3 línguas além do português, que tenha freqüentado uma Universidade decente em algum lugar fora do Brasil, e trabalhando (depois de adquirir muito conhecimento) naquilo em que sou apaixonado, que é planejamento de sistemas de transportes (e as mais mirabolantes alternativas que se encontrem para transportar pessoas). Sonho (e esse é um sonho mais difícil) em estar antenado às mudanças mundiais que acontecem de forma assustadora dada sua velocidade. Ou melhor, devido sua aceleração, pois o conhecimento humano tem o poder de se multiplicar mais e a cada vez mais rápido, em um comportamento quadrático, ou até mesmo exponencial. Claro, que além de estar antenado a essas transformações, deverei entender os anseios humanos e trabalharei para supri-los, cumprindo - imagino eu - um bom papel social. Se quero ser rico? Se eu, com 40 anos de idade vivesse no mesmo mundo em que vivo hoje, responderia: É óbvio que eu quero ser rico. Entretanto, como falei, como as transformações mundiais acontecem de forma tão avassaladora, é possível (e eu desejo muito isso) que as ambições das pessoas pelo consumo excessivo e sem razão venham a desaparecer, assim como a influência e o poder norte-americano diante do mundo, que a minha geração assistirá. Se eu viver em um mundo que valorize outras virtudes humanas, bom, então não estarei preocupado em ser rico, as questões materiais se resumirão a ter condições necessárias para trabalhar, desenvolver-me, criar filhos, desenvolvê-los, etc, etc.

Um comentário:

Anônimo disse...

Quero deixar aqui meu comentário que se traduz em acrescentar informações sobre o autor deste blog. O diogo é realmente essa pessoa que ele descrever ser, com idéias muitas vezes revolucionárias, com um orgulho ambíguo de ser metade mineiro e metade gaúcho. Diz não gostar do curso de engenharia, mas tenho certeza que será um excelente engenheiro, principalmente na área de tansporte, pois é fascinado por aviões e conhece a geografia como ninguém. Também tem uma personalidade dupla, pois apesar de ser diferente dos jovens de hoje em dia e gostar de assuntos complexos como política, ama fazer coisas simples e banais da juventude... É um amigo incrível que amo muito apesar de não estar presente em sua vida diariamente. Beijos Rebeca