terça-feira, 14 de outubro de 2008

jornalismo, não!


Já comentaram e me perguntaram, depois de lerem meu blog, por que eu não faço jornalismo, já que escrevo razoavelmente bem e sou "metido a revolucionário". É um bom questionamento. Darei, portanto, a resposta a seguir.

Acho a jornalismo uma profissão de merda.

No Brasil, e em qualquer lugar do mundo, não existe ética na profissão, manipula-se informação conforme os interesses do dono do meio de comunicação e isso é um abuso.Li o Diário Catarinense durante o mês de Junho inteiro e recortei os artigos de que me mais gostei. Foram poucos, evidentemente. O resto é mal escrito, muitas vezes apenas jogam informações no ar sem maiores esclarecimentos para que fique "subentendido" do leitor. Ah, vá pra puta que o pariu!
Aquele Luiz Carlos Prates só escreve bobagem e fala do pobre como se todos fossem vagabundos e que tiveram as mesmas oportunidades na vida de uma criança de família rica. O Cacau Menezes é lamentável, nem vou comentar.

Faça um teste: Assista o Jornal da BAND, as 19h e em seguida assista ao Jornal Nacional, as 20h15 (agora com o horário político devem ter mudado os horários). Te juro, tu vais ver duas notícias que deveriam informar a mesma coisa, mas totalmente diferentes!!!! Na band, dizem que o "fulano do PT" é suspeito de envolvimento de blábláblá. No jornal nacional ele já foi julgado pela irregularidade e responde em liberdade. Na BAND, o "fulano do PSDB" é suspeito de envolvimento de blábláblá. No Jornal Nacional é somente "Fulano". Preciso recorrer ao Google para descobrir o partido do safado. Não me refiro apenas à política, em outras coisas que eles veiculam que é revoltante.

O caso Isabella Nardoni, por exemplo não dá maaaaisss!!! Sim, chocou o país, mas muito mais com a insistência dos meios de comunicação que ficavam especulando os culpados e não sei o que, ao invés de esperarem o laudo oficial. Mas um jornal quer sair na frente do outro e ficam nessa competição sensacionalista metida a besta.
Aquelas reportagens incheção de lingüiça do Jornal do Almoço também me revoltam.
Nos canais europeus da NET, pelo menos, dá pra ver que os noticiários, como não têm tanto crime bárbaro para noticiar, fazem reportagens e matérias sobre cultura, arte, etc. Menos mal.

Mas o principal motivo da minha aversão ao jornalismo é o fato de que a profissão está com os dias contados. Você, jornalista que está lendo isso e me odiando, saiba que sua profissão não existirá mais dentro de uns 30 anos. Veja o exemplo deste blog. Eu estou escrevendo o que quero e todos têm acesso à estas informações. O mundo está interligado por cabos de fibra óptica e sinais eletromagnéticos. A notícia sai da China e chega instantaneamente aqui. Por isso, o profissional do jornalismo não é mais requisitado. Veja nos esportes: tinha mais ex-atleta cobrindo e comentando as olimpíadas do que jornalistas. Eu, não sou jornalista e dou meu pitaco no que bem entendo, por exemplo. E assim por diante. Cada profissional pode, hoje em dia, publicar suas descobertas e opiniões sem que seja refém do jornalista. Até o nome da profissão é ultrapassado: Vem de Jornal, o veículo mais arcaico que possuímos cada vez menos utilizado e prestes à extinção.

Sem falar que eles não são especialistas em nada. Tenho até curiosidade em saber qual é o nível de estudo de uma faculdade de jornalismo. Escrever bem, qualquer um escreve. Falar bem, um ator pode fazer muito melhor.

Ah! Eu prestei vestibular para Jornalismo na UFSC em 2004/05. Entraram 82 pessoas. Eu fui o 83º colocado, acredita? Ainda bem!!!!!!

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