terça-feira, 16 de junho de 2009

Lei Seca, não tão seca.

A Lei Seca é inconveniente. Traz transtornos. A Lei Seca atrapalha. Tem gente que não está nem aí para a Lei Seca, como eu e, provavelmente, você.

Mas,

no primeiro mês de vigor da Lei, a queda no número de mortes por acidentes de trânsito foi surpreendente. No início, aqui em Florianópolis todos ficamos preocupados com as frequentes blitz nas noites da cidade e tomamos providências para não sermos pego em uma delas. Uma amiga minha, estudante de medicina, ainda me confirmou que era perceptível a redução das ocorrências de acidentados nas madrugadas do hospital em que ela dava plantão.

Logo depois, a fiscalização afrouxou e tudo voltou como era antes, inclusive as mortes e os acidentes. Bem como a nossa negligência em dirigir depois de ter bebido.

Falácias do tipo "não há outra opção a não ser o próprio carro" são comuns. Os táxis podem ser caros, mas quem tem dinheiro para gastar mais de cinquenta reais em bebida também deve ter para pagá-lo, ou ainda, em uma possibilidade mais econômica, revezar a tarefa incômoda de não beber, entre um grupo de amigos. Realmente o preço, em minha opinião é a perda da comodidade e da conveniência.

Não é fácil, não estamos acostumados com este comportamento de não beber para dirigir ou vice-versa. Uma mudança na cultura das pessoas, entretanto, há de ser feita. Se todos parassem de beber e dirigir, eu também pararia e você também, garanto. Como ninguém se mexe primeiro para mudar, me parece que a saída é mesmo o retorno do policiamento, fiscalização pesada e punições severas para definitivamente nós nos comovermos e nos convencermos de que devemos mudar.

2 comentários:

arthurfeltrin disse...

muito bom hein cara

Gabriel disse...

Na minha opinião, a única forma de mudar a forma de pensar e agir das pessoas quanto a esse assunto é mantendo uma fiscalização rigorosa.
No Brasil (na verdade no mundo todo) são pouquíssimos os que mudam seus hábitos graças a campanhas publicitárias ou estatísticas (por melhores que sejam).
Infelizmente, as pessoas já se acostumaram a dirigir bêbadas.
Eu ainda estou começando a dirigir, mas também tenho uma parecla de culpa por não evitar caronas com amigos embriagados (a não ser em casos extremos).
E acredito que a lei anti-fumo, que está em vigor em São Paulo e tende a se espalhar por outros estados (que apesar de um pouco exagerada é muito benéfica também) terá o mesmo destino.