terça-feira, 2 de junho de 2009

AF447

Neste momento eu estava tentando terminar um trabalho da faculdade, mas não consigo desgrudar da Globo News, que não pára de trazer informações sobre o acidente com o avião da Air France.

Como já disse outras vezes, sou apaixonado por aviação e, quem sabe, um dia trabalharei neste ramo. Uma notícia dessas, portanto, me deixa realmente apreensivo e chateado.

Os acidentes recentes ocorridos no Brasil somados a este atual podem trazer à mente das pessoas a idéia de que a aviação não é mais um meio de transporte seguro. Afirmo, contudo, de que é o meio mais seguro e confiável de se viajar que existe. É mais fácil você ganhar na Mega Sena do que se acidentar em um avião, matematicamente.

Este caso específico da Air France é o mais estapafúrdio acidente que eu já vi. As chances de uma aeronave se acidentar quando esta se encontra em altitude de cruzeiro (ou seja, quando ela não está nem subindo e nem descendo, segue por uma altitude constante) representam 2% dos casos de acidentes aéreos. Se tratando de um avião moderno como o Airbus A330, torna-se ainda mais intrigante.

A hipótese de que o avião teria sido atingido por um raio é nula, em minha opinião. A probabilidade de alguém, ou um objeto ser atingido por tal evento atmosférico é zero, ou muito próximo disso. Ainda assim, a aeronave suportaria a descarga.

O que mais se aproxima do provável pelo jeito é uma turbulência descomunal somada a uma pane em todos os sistemas de controle do jato, pois todos os aviões modernos são submetidos a terríveis testes de resistência à turbulências e variações bruscas de altitude, antes de serem entregues para sua utilização comercial - há registros de aviões que perderam 4mil metros de altitude em turbulência e recuperaram a estabilidade posteriormente, mas é claro que seus sistemas de controle não foram danificados.
Finalmente, os aviões da Airbus são dotados de três sistemas independentes. Mesmo neste caso especulativo meu, a probabilidade da tripla pane ter ocorrido é extremamente pequena, pois a chance de os três sistemas falharem ao mesmo tempo é a multiplicação da probabilidade de cada um dos sistemas falhar, que já são muito baixas.

Ou seja, é mesmo um caso inédito e inacreditável. 

Se esta minha teoria  - que é a mesma de alguns entendidos do assunto - for confirmada, será extremamente difícil encontrar partes do avião, pois ele despencou de uma altura muito grande (mais de 10 mil metros de altitude) e pode ter se desintegrado em várias partes. Além disso, procurar um avião no oceano Atlântico é como procurar um alfinete em um campo de futebol. Terrível.

Esta foto é a do avião matriculado como F-GZPC, lamentavelmente acidentado.

Um comentário:

ziggy disse...

po tava querendo te perguntar o que tu tavas achando desses tantos acidentes recentes com aviões... mas já se atecipasse hehe... abraço!