terça-feira, 28 de abril de 2009

laboratório de ídolos

Já declarei, em outras oportunidades neste blog, minhas duras críticas ao jornalismo.
Minha opinião vai, contudo, se modificando, talvez amadurecendo, sei lá. Uma das conclusões que ando tirando é que uma das maiores desgraças que contemplamos do jornalismo nacional e internacional é a falta de assunto. Ao invés de, na falta dele, os meios de comunicação presentearem as populações com cultura, arte, ciência, etc., ficaram nos empurrando durante semanas a foto da barriga do Ronaldo. "Que absurdo! Não tem mais volta! Que degradação! É um ex-jogador!" Notoriamente fizeram questão de destruir a imagem que toda uma nação tinha de um ídolo, que outrora a mesma imprensa havia criado. E tudo isso para quê? É claro, para poder ressucitar o ídolo posteriormente e, de lambuja, a nossa audiência. Ronaldo é o cara, o amigo próximo de qualquer brasileiro, um exemplo de superação para o país inteiro! E joga muito!

Eu aposto o que os leitores quiserem que muito em breve seremos bombardeados pela super turnê de Michael Jackson, o monstro plastificado e pedófilo, que há pouco tempo foi criado pela mídia e você engoliu, esquecendo que aquele cara foi um revolucionário da música pop, grande criador de estilos e tendências musicais, compositor, cantor, dançarino... Sou realmente fã do Michael Jackson! Mas nada disso importou na época para uma indústria de entretenimento que necessitava colocar assuntos bombásticos no ar. Destruíram Michael. 

Prepare-se para a sua nova turnê, acompanhada de toda tietagem da imprensa, entrevistas, documentários sobre sua trajetória, etc etc etc. Você lembrará que ele também é o cara.














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